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Filipe Toledo: conheça a história do tricampeão mundial!

  • Foto do escritor: Vanessa Barcellos
    Vanessa Barcellos
  • 5 de ago. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de out. de 2020



Filipe Toledo em Barrinha, Saquarema. / Foto: Vanessa Barcellos

“É campeão” O grito ecoava na boca do público que lotava as areias da praia da Barrinha em Saquarema. Do alto era possível ver bandeiras verde-amarelas dançando com o vento enquanto adultos, jovens e crianças sorriam emocionados. Filipe Toledo acabara de se tornar o tri campeão mundial da Oi Rio Pro 2019.

Talvez já estivesse escrito nas estrelas que o Filipinho seria um fenômeno do surf. O segundo filho de Mari e Ricardo Toledo nasceu no dia 16 de abril de 1995, veio ao mundo no ano em que seu pai garantiria o título de melhor surfista profissional do Brasil. Desde pequeno Filipe e os irmãos se aventuravam nas ondas do litoral norte de São Paulo. Foi nas praias de Ubatuba que Filipinho dropou suas primeiras ondas e aprendeu os aéreos que anos mais tarde, deixariam jurados e surfistas boquiabertos.


Familia Toledo. / Foto: Instagram @surfamily

A conexão da Familia Toledo com o mar se deu de forma natural, como herança, o amor pelo esporte foi passado dos pais para os filhos. Matheus, Davi e Sofia Toledo, até chegaram a competir em alguns campeonatos, mas foi Filipe que levou o nome da familia para os holofotes, ou melhor, para as areias de todo o mundo.

Seu primeiro campeonato aconteceu ainda quando tinha seis anos de idade, Filipe conquistou o vice-campeonato na categoria ‘Petit’ em São Paulo. Mas foi aos dezesseis anos que se profissionalizou e no ano seguinte, ao participar de algumas etapas do World Qualifying, conseguiu a credencial como o surfista mais jovem a conquistar uma vaga na elite do surf, a World Surf League.

Toledo ingressou no Circuito Mundial de Surf ocupando a décima quinta posição com um total de pontos de 24,4mil. Em 2014, acumulou 28,150 mil pontos terminando a competição no décimo sétimo lugar. No mesmo ano, Filipinho ganhou destaque ao ocupar o primeiro lugar no ranking da WQS - espécie de categoria de acesso do esporte.

Nos anos seguintes o brasileiro continuou crescendo no esporte. Na quarta etapa do circuito, Oi Rio Pro, que aconteceu no Postinho, na Barra da Tijuca, o surfista fez um aéreo daqueles e conseguiu 19,87 pontos dos jurados, sendo ovacionado até hoje por essa manobra. Com o resultado, Toledo subiu para a segunda posição do ranking, que tendo a primeira posição ocupada por Adriano de Souza, possuía pela primeira vez na história do circuito dois brasileiros liderando a competição. Em 2016, Filipe Toledo conquistou o prêmio Breaktrough performer na WSL Awards, na Austrália como surfista “revelação” de melhor performance.

Desde 2013, Filipinho segue arrepiando o público e assombrando os outros surfistas com suas manobras radicais. É surfista regular (atua com o pé esquerdo à frente) e sabe ousar com seus aéreos. Mas não fica para trás quando o mar não está em boas condições, adotando um surfe mais clássico. Além dos aéreos fantásticos, o surfista tem como diferencial e pontos fortes a sua a tranquilidade, frieza e força psicológica para competir.


Filipe Toledo na final do Oi Rio Pro 2019. / Foto: Vanessa Barcellos

A típica frase “Sorte no jogo e azar no amor” não se adequa ao Felipe Toledo. Além de ser um dos grandes destaques do surf mundial, a vida amorosa do surfista vai muito bem. O casamento com a modelo e atriz Ananda Marçal, já rendeu frutos e eles se chamam Mahina e Koa. A familia Toledo vive hoje em São Clemente, na Califórnia, e fazem sucesso nas redes sociais com os videos e fotos que publicam.


Filipe Toledo, Ananda Marçal e filhos, Mahina e Koa. / Foto: Amber Mozo

Filipinho é apontado como um dos competidores que está ajudando a escrever esse novo momento do surf brasileiro, sendo um dos integrantes da chamada Brazilian Storm (ou “Tempestade Brasileira”). Ela tem Gabriel Medina, Adriano de Souza (o Mineirinho), Miguel Pupo, Jadson André, Ítalo Ferreira, Wiggoly Dantas, Jessé Mendes, Caio Ibeli e Alejo Muniz. A expressão foi criada em 2011 pela imprensa americana para se referir aos surfistas brasileiros que veem demostrando resultados expressivos nas competições.

Se o nome do Filipe Toledo e desses outros surfistas brasileiros ainda soam estranhos em seus ouvidos, é bom decorar cada um deles. O sucesso da “Tempestade Brasileira” vem crescendo ao decorrer dos campeonatos e é difícil ver uma disputa de um deles sem se arrepiar. A própria WSL já publicou matérias expressivas sobre vitórias de Filipinho. “Você ainda está impressionado?”, perguntava a manchete da publicação feita por eles.


Filipe Toledo na premiação da Oi Rio Pro 2019. / Foto: Vanessa Barcellos

De todos os integrantes da Tempestade Brasileira, apenas Filipinho chegou a final da Oi Rio Pro 2019 contra Jordy Smith. Emocionado, durante a premiação o surfista agradeceu o apoio do público: “Uma coisa que eu amo é isso: energia e motivação. Eu fiquei doente durante essa semana e me senti bem fraco. Mas a cada corrida para praia, o apoio da torcida foi trazendo energia, trazendo força. Quero agradecer muito o apoio de todo mundo que veio aqui. Obrigado por tudo!”.

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